29/10/2009

Kátia Abreu defende atualização do Código Florestal


A senadora Kátia Abreu (DEM-TO) defendeu, nesta quinta-feira (29), a proposta de atualização do Código Florestal, cuja votação foi impedida na quarta-feira (28) por uma manifestação na Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados. Ela disse que os parlamentares estão debatendo a questão ambiental há 13 anos, sempre procurando atualizar e corrigir distorções, e que, nesse período, têm assistido a um grupo de pessoas, "que se dizem ambientalistas", fazerem do tema uma reserva de mercado.
- Fizeram mudanças no Código Florestal Brasileiro sem debater com a sociedade e influenciando presidentes da República a fazer mudanças unilaterais, apenas discutindo com o Ministério do Meio Ambiente, através de medidas provisórias, decretos e legislação imposta pelo Conama - disse a senadora.
Kátia Abreu anunciou que os produtores rurais estão dispostos a debater o tema procurando ajuda e estudando o assunto, para poder realmente contribuir. Ela garantiu que o setor deixou de lado as armas, as prevenções, o radicalismo e está aberto para conseguir um debate elevado, racional e lógico.
Na avaliação de Kátia Abreu, "os ditos ambientalistas" impediram o debate e trouxeram prejuízos ao Brasil, impondo de forma radical uma legislação que inviabilizou o país. Ela assinalou que a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) demonstrou ao presidente Lula que no caso da legislação ser cumprida à risca, 71% do país estaria ainda com sua cobertura florestal nativa.
- Portanto, não seríamos hoje a fazenda do mundo, o grande produtor moderno de alimentos. A discussão do meio ambiente infelizmente só veio nessa geração. Nossos pais, avós e bisavós nunca ouviram falar de aquecimento global, mudanças climáticas ou biodiversidade. Naquela época, a preocupação principal era a produção de alimentos, pois éramos os maiores importadores de alimentos do mundo - afirmou.
A senadora disse que desde dezembro do ano passado, a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), que também preside, decidiu entrar no debate sobre a legislação ambiental, mas com três diretrizes: não discutir meio ambiente sem tratar, ao mesmo tempo, de economia; sem os cientistas; e sem contar a história da agricultura brasileira. Desde então, a senadora já participou de 91 reuniões em todo o Brasil, discutindo esse tema.
- Não trabalhamos na calada da noite. Não fizemos movimentos de grita contra a sociedade. Com voz baixa e humildade, optamos pelo desmatamento zero na floresta. Optamos por trabalhar pelos serviços ambientais para compensar esses brasileiros cujo patrimônio está impedido de ser desmatado. Ainda aceitamos que os erros cometidos pelos agricultores no passado possam ser corrigidos de acordo com a ciência. Chega de acusações, chega de aberrações e de querer ganhar no grito - disse.
Kátia Abreu disse que, além de corrigir os erros, os agricultores querem que as áreas produtoras de alimentos possam ser legalizadas. Ela acrescentou que, para os próximos desmatadores ilegais, será possível "apertar o cerco e punir fortemente". A senadora lembrou que a anistia existe desde 400 A.C. e que o perdão, às vezes, é mais útil que a punição. Ela perguntou se o Greenpeace quer que o Brasil se torne importador de grãos de países que dizimaram as suas próprias florestas.

Mime o planeta

Vamos ajudar o meio ambiente, vamos ajudar o nosso planeta pois somos os culpados e somos também as vitimas pela poluição, desmatamento e o aquecimento global.
Ajude o planeta sem jogar lixo nos rios, sem derrubar árvores e sem poluir o ar. Entre nessa causa e ajude o meio ambiente! Ele precisa de nós.

Autor: Patrick Willians

Meio...

Não existe
meio rio,
meio córrego,
meia cachoeira,
meio oceano,
meio ar,
meio céu,
meio chão,
meia raiz,
meio mato,
meia árvore,
meio pássaro,
meio peixe,
meio bicho,
meio ser humano.

E meio ambiente, existe?

...Não queremos o meio ambiente, queremos o ambiente inteiro.

Manifesto robusto contra Belo Monte


Uma centena de organizações sociais divulgaram novo manifesto hoje rejeitando a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, cuja licença prévia foi prometida para sair em novembro, pelo próprio ministro do meio ambiente, Carlos Minc. Depois do seminário que reuniu diversos especialistas sobre os impactos da obra, técnicos e ativistas reafirmaram quão prejudiciais serão as interferências do empreendimento naquele ponto do rio Xingu. Os pesquisadores citaram, entre outros aspectos, que faltam dados analíticos consistentes nos estudos de impacto ambiental da usina, sobre a abrangência da área a ser impactada, da população a ser atingida, dos reais impactos decorrentes da alteração do ciclo hídrico do rio Xingu, com a formação dos reservatórios e principalmente com a formação de uma área de secamento que se estenderá por 100 km, na região da Volta Grande do Xingu, onde se encontram as Terras Indígenas Paquiçamba, Arara da Volta Grande e Trincheira-Bacajá. Eles também alertaram sobre o possível aumento de doenças como dengue, malária, febre hemorrágica de Altamira e outras, em função de condições propícias para a reprodução de insetos transmissores, potencializadas pelo inchaço populacional, com a chegada de cem mil migrantes atraídos pela obra


Site: o eco

Indústria foi quem mais contribuiu para poluição do meio ambiente.

Mineradoras, metalúrgicas e indústria química são as grandes poluidoras do setor

A indústria foi setor que mais contribuiu com as estimativas de emissão de gases de efeito estufa entre 1994 e 2007, segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo Ministério do Meio Ambiente. A indústria foi responsável por 56% das emissões totais. Entre as atividades industriais que mais poluíram o ambiente estão a indústria de produtos minerais, com 59%, seguida da química, com 55%, e a metalurgia, com 40% das emissões.

Outro setor que contribuiu muito para o aumento da estimativa de emissão de gases de efeito estufa foi o de energia, responsável por 54%. Dentro desse setor, a área de energia ampla foi o que mais eliminou gases de efeito estufa, 85%; seguido do setor industrial com 57% e em terceiro o setor de transportes com 54%.

O setor de tratamento de resíduos (32%) também teve suas emissões de gases analisadas, sendo que o esgoto industrial, com 37% das emissões, foi o maior responsável pela emissão de gases. Em seguida ficou o setor resíduos sólidos com 34% das emissões e por último o esgoto doméstico, com 23% das emissões.

A agropecuária foi o setor que teve a menor estimativa de emissão de gases de efeito estufa com total de 30% das emissões. Dentro desse setor, a queima de resíduos agrícolas foi a grande vilã, com 59% das emissões. Já o setor de cultivo de arroz teve queda de 37% nas emissões.

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse que o governo se esforçará para alcançar a meta de redução de 40% das emissões de gases de efeito estufa até 2020.

No setor de agropecuária, estão previstas ações como a combinação de plantio com pecuária num mesmo espaço, a recuperação de áreas degradadas e o plantio direto. - Com essas três medidas combinadas - lavoura, pecuária, recuperação de área degradada e plantio direto - nós reduziremos 7% das emissões globais do Brasil até 2020 -, afirmou o ministro.

Também estão previstas a redução do desmatamento na Amazônia em 80%, a redução do desmatamento de outros biomas, como o cerrado e a caatinga, o maior uso de biocombustíveis no transporte e a siderurgia verde, que implica, para as indústrias, o plantio de toda a madeira que irão utilizar, sem necessidade de derrubada de árvores nativas, por exemplo. Minc informou que na próxima semana anunciará queda nos índices de desmatamento na Amazônia.

Câmara aprova projeto que cria fundo sobre mudanças climáticas

Proposta pretende financiar ações de adaptação à mudança climática e de controle da emissão de gases de efeito estufa

A Câmara dos Deputados aprovou, na noite dessa quarta, dia 28, o projeto que cria o Fundo Nacional sobre Mudanças do Clima. A proposta tem por objetivo financiar as ações de adaptação à mudança climática e as propostas de controle da emissão de gases de efeito estufa. Pelo texto aprovado, que depende ainda de apreciação do Senado, parte dos recursos do fundo virá da cota de 10% que cabe ao Ministério do Meio Ambiente no rateio da participação especial das empresas petrolíferas.

O fundo para financiar as ações de adaptação à mudança climática e outras do setor será administrado por um comitê gestor vinculado ao Ministério do Meio Ambiente. Ele será formado por seis representantes do Executivo e cinco do setor não governamental.

Na terça, dia 27, a Câmara já havia aprovado o projeto que trata da questão de políticas do clima. Os projetos, segundo a avaliação dos deputados, vão possibilitar que o Brasil participe da reunião de Copenhague, na Dinamarca, no fim do ano, com propostas concretas sobre as políticas para a área ambiental.

Em outra votação, os deputados também aprovaram o projeto do Executivo que regulamenta a promoção de taifeiros da Aeronáutica. A matéria disciplina a promoção desses profissionais da ativa e da reserva a graduações superiores até o grau de suboficial. O projeto vai ainda ao Senado.